No próximo dia 27 será o Dia Mundial do
Turismo. Por aqui, esse sentimento parece não caber no coração do Trade
Turístico de Mato Grosso. Exatamente há um ano e dois meses, no dia 20 de junho de 2012, o
Comitê Permanente Empresarial Pró Copa aprovou a Carta Aberta à sociedade e
às instituições governamentais, referente às obras essenciais para
desenvolvimento do turismo em nosso Estado em vistas à Copa de 2014. No
entanto, de lá pra cá quase nada ou nada mudou com relação às providências
sugeridas conforme as solicitações do trade turístico de Mato Grosso.
Considerando que a Copa do Pantanal será um legado para todo o estado e suas
ações retornarão em benefícios à sociedade mato-grossense, a expectativa do
setor do turismo era o diálogo e a cooperação entre o governo e o setor
privado, como fundamental para o desenvolvimento econômico e social do
turismo. Esta é uma atividade econômica que tem as suas bases na iniciativa
privada.
Pelo o desenrolar dos acontecimentos, a preocupação foi centrada com a realização de obras de infraestrutura e da Arena Pantanal, local dos jogos de acordo com a FIFA. É uma prioridade sem dúvida. Mas deveriam pensar também em atender as demandas estruturais do turismo como viabilidade de permanência do turista, que vem para Cuiabá assistir apenas quatro jogos do seu país. Por enquanto, ninguém está levando em conta, a importância dos destinos turísticos como Chapada dos Guimarães, Nobres e Poconé, o lazer e o entretenimento desses turistas que segundo a EMBRATUR devem permanecer 10 dias em nosso Estado com estimativa de gasto de R$ 528,00 por dia. Avenidas prontas, aeroporto, viadutos, trincheiras e o estádio pronto. E para onde vão esses turistas depois dos jogos? Quais os atrativos que teremos para lhes oferecer diferente do que eles já têm em seus estados ou países? Neste quesito, pelo visto, o Estado através dos órgãos competentes não conseguiu deslanchar e como o próprio governador disse em sua entrevista, a preocupação agora é concluir as obras de infraestrutura já em andamento e deixar Cuiabá uma cidade mais moderna, eficiente e acolhedora, o que acredito ser o maior legado para a nossa Cidade. Daí em diante, ele deixa claro na sua entrevista que “a Copa vai passar e Mato Grosso vai se consolidar como nova fronteira do desenvolvimento do Brasil, como a terra de oportunidades, graças ao agronegócio, à industrialização e aos investimentos públicos e privados”. O Governador deixou de citar o TURISMO. Isto nos deixou preocupados com os avanços que poderíamos conquistar na área do turismo que é a vitrine da Copa do Pantanal 2014. Aliás, oportunidade única que poderá ser desperdiçada.
As sugestões da Carta do Turismo e tudo
o que foi pensado no ano passado para este ano, acreditamos, já não serem
possíveis de se realizar, em função de tantos entraves burocráticos e com a
chegada das chuvas. Um exemplo é a realização de um projeto para recuperação e
revitalização da Transpantaneira, em Poconé, portal do Pantanal mato-grossense,
sem falar na Chapada dos Guimarães e demais potenciais turísticos em torno da
Copa de 2014.
Fonte: Jaime Okamura
|
ALEMA
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Não queremos comemorar o Dia Mundial do Turismo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário