Apesar
de não haver registro de cancelamentos por conta das manifestações, crescem
pedidos de esclarecimentos por turistas
Roberto
Vazquez/Futura Press
Manifestantes
vão às ruas em Fortaleza (CE), protestar contra os gastos públicos com a Copa
das confederações e Copa 2014
O setor de turismo
acendeu o ‘sinal amarelo’ sobre a venda de pacotes de turismo para a Copa de
2014. As manifestações por todo o país, em plena realização da Copa das
Confederações, e os boatos de que a competição poderia até não acontecer, que
pipocam nas redes sociais, já despertam uma série de questionamentos por parte
de turistas individuais e grupos que adquirem pacotes corporativos. Ainda não
há uma procura por cancelamentos formais. Porém, as perguntas feitas às
empresas do setor incluem essa possibilidade.
O assessor da
diretoria ligada ao receptivo da Associação Brasileira das Operadoras de
Turismo (Braztoa), Claudio Del Bianco, afirma que já há um movimento de
incerteza por parte dos turistas.
“As pessoas se assustam um pouco com tudo que está acontecendo. Perguntam sobre
a posição geográfica do hotel escolhido para hospedagem e se o local pode ser atingido
em um eventual confronto.
O principal
questionamento é sobre a possibilidade de novas manifestações, como as que vem
ocorrendo, durante a Copa do Mundo. Mas ainda estamos longe de uma
possibilidade real de cancelamentos”, diz ele. Os associados da Braztoa
respondem por cerca de 85% dos pacotes turísticos comercializados no país –
nacionais e internacionais - e 18% dos bilhetes aéreos emitidos aqui.
O diretor executivo
do Rio Convention & Visitors Bureau, Paulo Senise, afirmou que, até o
momento, não está sendo percebido impacto no setor turístico no que se refere a
cancelamentos. “Temos sido procurados para esclarecimentos sobre a
situação, mas nada que ofereça risco à demanda turística já contratada ou que
atrapalhe nosso trabalho de apoio à captação de eventos.” disse ele.
Sobre as
manifestações e os efeitos no turismo, a Associação Brasileira da Indústria de
Hotéis no Rio de Janeiro (ABIH-RJ) também garantiu que até o momento não houve
impacto em termos de ocupação.
Mas o presidente da
entidade, Alfredo Lopes, acredita em problemas pontuais em áreas que foram alvo
da maior parte das manifestações, como é o caso do centro da cidade.
O preços dos hotéis
nas cidades-sede da competição prometem ser salgados. Levantamento da Embratur
mostra que as tarifas poderão ser até 376,4% mais caras do que os preços
normais.
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