A cidade de Palmas, capital
do Estado do Tocantins está se preparando para receber o mais importante evento
esportivo do ano no Brasil, no período de 23 de outubro a 1º de novembro: os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas,
organzado pelo Comitê Intertribal Indígena, com apoio do Ministério dos
Esportes. No dia 30 de julho o Sebrae-TO reuniu o trade turístico e empresarial da
cidade para discutir a forma de apoio e participação a ser dado para o
real sucesso do evento.
A CNTur esteve presente com o
presidente do ConCNTur-TO, Dagoberto
Koelle e o diretor executivo José Osório Naves, oportunidade em que
ofereceu o apoio logístico da entidade, inclusive o direito de inserção de sua logomarca nas peças de
propaganda e comunicação do evento.
Os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte
mote: “O importante não é competir, e sim, celebrar”. A proposta é recente, já
que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, e tem como objetivo a
integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas
culturas tradicionais. A edição dos Jogos de 2003, por exemplo, teve a
participação de sessenta etnias, dentre elas os Kaiowá, Guarani, Bororo, Pataxó
e Yanomami. A última edição ocorreu em 2009 e foi a décima vez em que o torneio
foi realizado. A periodicidade dos Jogos é anual, com exceção do intervalo
ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008 quando não houve edições.
As sedes dos Jogos são sempre em locais
afastados das grandes cidades, contrariando a lógica dos torneios desportivos,
mas coerente com a proposta indígena: em
1996 foi em Goiânia (GO); em 1999 em Guaía (PR); em 2000 em Marabá (PA); em
2001 no Pantanal (MS); em 2002 em Marapanim (PA); em 2003 em Palmas (TO); em
2004 em Porto Seguro (BA); em 2005 em Fortaleza (CE); em 2007 em Olinda (PE);
em 2009 em Paragominas (PA).
As modalidades disputadas variam um
pouco entre os torneios, mas basicamente são as que seguem:
- Arco e Flecha: Arma muito
utilizada para caça, rituais e para a guerra. Na maioria das tribos o arco é
feito de caule de Palmeira (tucum), mas existem algumas exceções: podem ser
usados o aratazeiro, o pau-ferro, o ipê-amarelo e a aruerinha;
- Cabo de Guerra: É disputada em
equipe, cujo objetivo é o de medir a força física dos participantes. Vencer o
cabo de guerra significa ter os índios mais bem preparados para o confronto
físico, e por isso é uma das provas mais esperadas dos Jogos. Cada tribo pode
inscrever duas equipes (uma masculina e uma feminina), com dez participantes
cada uma;
- Canoagem: A canoa é o meio de
transporte mais tradicionalmente utilizado pelas tribos indígenas, porém o tipo
de canoa e o material utilizado para sua fabricação é bastante variável. no
modelo oficial da disputa.
- Corrida com Tora: As toras,
feitas de buriti, e com massa em torno de 100 Kg, devem ser carregadas pela
equipe ao percorrerem uma distância pré-determinada. Para a competição, cada
equipe deve inscrever dez participantes;
- Xikunahity: Esse esporte
também é conhecido como futebol de cabeça. Em lugar do chute, a bola é
empurrada com a cabeça dos participantes. O jogo é disputado por equipes de dez
atletas em um campo de dimensões próximas ao do futebol.
Outras competições mais próximas de nosso conhecimento também são
disputadas nos Jogos dos Povos Indígenas, como o atletismo (100 metros rasos) e
o futebol.
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