terça-feira, 4 de agosto de 2015

CNTur apoia os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas-TO

Na foto Dagoberto Koelle, presidente do ConCNTur-TO, indio Marcos Terena (organizador do evento internacional), José Osório Naves diretor da CNTur, índia Tatiane Martins – turismóloga e musa dos Jogos Indígenas e Iberê Neves, assessor do ConCNTur-TO

A cidade de Palmas, capital do Estado do Tocantins está se preparando para receber o mais importante evento esportivo do ano no Brasil, no período de 23 de outubro a 1º de novembro: os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, organzado pelo Comitê Intertribal Indígena, com apoio do Ministério dos Esportes. No dia 30 de julho o Sebrae-TO reuniu o trade turístico e empresarial da  cidade para discutir a forma de apoio e participação a ser dado para o real sucesso do evento.
A CNTur esteve presente com o presidente do ConCNTur-TO, Dagoberto  Koelle e o diretor executivo José Osório Naves, oportunidade em que ofereceu o apoio logístico da entidade, inclusive o direito de  inserção de sua logomarca nas peças de propaganda e comunicação do evento.
 Os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competir, e sim, celebrar”. A proposta é recente, já que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais. A edição dos Jogos de 2003, por exemplo, teve a participação de sessenta etnias, dentre elas os Kaiowá, Guarani, Bororo, Pataxó e Yanomami. A última edição ocorreu em 2009 e foi a décima vez em que o torneio foi realizado. A periodicidade dos Jogos é anual, com exceção do intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008 quando não houve edições.
As sedes dos Jogos são sempre em locais afastados das grandes cidades, contrariando a lógica dos torneios desportivos, mas  coerente com a proposta indígena: em 1996 foi em Goiânia (GO); em 1999 em Guaía (PR); em 2000 em Marabá (PA); em 2001 no Pantanal (MS); em 2002 em Marapanim (PA); em 2003 em Palmas (TO); em 2004 em Porto Seguro (BA); em 2005 em Fortaleza (CE); em 2007 em Olinda (PE); em 2009 em Paragominas (PA).
As modalidades disputadas variam um pouco entre os torneios, mas basicamente são as que seguem:
- Arco e Flecha: Arma muito utilizada para caça, rituais e para a guerra. Na maioria das tribos o arco é feito de caule de Palmeira (tucum), mas existem algumas exceções: podem ser usados o aratazeiro, o pau-ferro, o ipê-amarelo e a aruerinha;
- Cabo de Guerra: É disputada em equipe, cujo objetivo é o de medir a força física dos participantes. Vencer o cabo de guerra significa ter os índios mais bem preparados para o confronto físico, e por isso é uma das provas mais esperadas dos Jogos. Cada tribo pode inscrever duas equipes (uma masculina e uma feminina), com dez participantes cada uma;
- Canoagem: A canoa é o meio de transporte mais tradicionalmente utilizado pelas tribos indígenas, porém o tipo de canoa e o material utilizado para sua fabricação é bastante variável. no modelo oficial da disputa.
- Corrida com Tora: As toras, feitas de buriti, e com massa em torno de 100 Kg, devem ser carregadas pela equipe ao percorrerem uma distância pré-determinada. Para a competição, cada equipe deve inscrever dez participantes;
- Xikunahity: Esse esporte também é conhecido como futebol de cabeça. Em lugar do chute, a bola é empurrada com a cabeça dos participantes. O jogo é disputado por equipes de dez atletas em um campo de dimensões próximas ao do futebol.
Outras competições mais próximas de nosso conhecimento também são disputadas nos Jogos dos Povos Indígenas, como o atletismo (100 metros rasos) e o futebol.

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