quinta-feira, 18 de abril de 2019

O Turismo, até que enfim, algumas medidas sérias!

José Osório Naves – Jornalista - 13/04/2019.

Até que enfim o turismo está no foco do Governo. É com prazer que elogio publicamente a atuação positiva do Governo Bolsonaro e as ações do Ministro do Turismo, Marcelo Antônio, por dois atos realmente importante para o desenvolvimento do setor como vetor econômico e social, salvador da economia de vários países, a curto prazo.

O primeiro foi a suspensão do Visto Diplomático para turistas oriundos dos maiores centros emissivos internacionais, como Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. Agora é só trabalhar com competência esses centros emissores com informações objetivas, não apenas através a propaganda formal, muitas vezes maquiando a imagem de um setor. Torna-se uma propaganda enganosa com efeitos contrários ao pretendido, se a realidade não corresponder.

O segundo a assinatura do Decreto 9.763, regulamentando o art.5º da Lei 11.771/2008, dispondo sobre a Política Nacional do Turismo, com vistas a desenvolver, ordenar e promover os segmentos turísticos relacionados com o Patrimônio Mundial, Cultural e Natural do Brasil, cujo cumprimento reúne a ação conjunta de vários ministérios, como o do Turismo, da Cidadania, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Regional, EMBRATUR, Instituto Chico Mendes e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. É realmente uma ação de Governo.

No fluir de 40 anos em que acompanho a evolução do turismo no Brasil, sempre cultivei a interrogação do porquê o setor não crescer no País, permanecendo estático, sem qualquer crescimento percentual do receptivo turísticos internacional por quase 6 décadas, quando se criou a Embratur?

Pelas minhas observações as respostas então assim pontuadas:
a) – A falta de políticas públicas objetivas e a continuidade de programas com o excesso de mudanças na direção dos órgãos responsáveis pelo turismo (MTur e Embratur), cada um novo querendo ‘inventar’ o óbvio já inventado;
b) – Ausência de informações positivas do país no Exterior, onde os próprios brasileiros viajantes contribuem para nos denegrir;
c) – O descuido com os atrativos turísticos, históricos e urbanos, malcuidados pelas gestões públicas no tocante a conservação e manutenção de monumentos culturais e públicos.
d) – Política errática de marketing em que se mostra o Brasil em um todo, em suas peças publicitárias e vídeos, sem um foco específico em destinos. Ninguém viaja para um País, mas para um destino certo nesse País.

Advogo que primeiro arrumemos a casa, internamente, para depois a vender. Não é o marketing formal que atrai visitas, mas o boca-a-boca, com as pessoas falando bem do local por elas visitados. Voltam e recomendam. Turismo é a atividade na qual ninguém vai atrás de novidades, mas ver mil vezes os mesmos monumentos, gastronomia, cultura e o aconchego urbano.

Nunca se vê um único chamado publicitário para visitar Nova York, Barcelona, Madri, Paris, Lisboa ou Gramado. As pessoas que já as visitaram voltam sempre apenas pelo prazer de rever as mesmas coisas e se sentir bem acolhidas.

Não podemos confundir receptivo, que é a contabilidade numérica dos turistas visitantes, com receptividade, que é a forma espontânea e carinhosa com que os moradores locais recebem seus visitantes.

Esse é o fator determinante, a boa receptividade que significa não o carinho para com as pessoas, mas a limpeza e a conservação das calçadas da cidade. Monumentos públicos não pechados e, em especial, a consciência de não exploração dos visitantes, com o aumento sazonal de preços na gastronomia e até mesmo no artesanato.

A isso chamados de consciência coletiva, que tanto falta em nossos pontos turísticos mais badalados.

Falta despertarmos esse sentimento de civilidade em nossos cidadãos o que se chama qualidade receptiva.

Basta ação.

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