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Foto: Internet |
O futuro chegou mais rápido do que se esperava. Fatalmente, forçado
ainda pelos efeitos da pandemia do COVID 19, transformou as atitudes laborais e
comportamentais do homem em todas as atividades, mas especialmente no turismo,
pela forma coloquial nas relações agente e cliente, num momento de
distanciamento social.
Essa evolução coincidiu com a eclosão da chamada Quarta Revolução
Industrial que abraçou novas tecnologias de produção e serviços com mudanças
fundamentais nas condições de trabalho, de etilos de vida das pessoas através
da cibernética.
A tecnologia transforma dados em informações estratégicas que
apoiam o planejamento e as decisões, através da analytic e big data para se orientar
na saúde, no varejo, na indústria, no governo, nos serviços e até nas
atividades que dependem de previsões climáticas.
A evolução histórica da transformação produtiva do mundo se deu
através de quatro estágios chamados Revolução Industrial. A primeira Revolução
Industrial ocorreu no século XVIII através do uso de energia a vapor com a
mecanização da produção. A segunda teve início no século XIX através da
descoberta da eletricidade e a produção de linha de montagem; a terceira
manifestou-se nos anos70, no século XX, através da automação parcial usando
controle e computadores programáveis por memória.
A chamada Quarta Revolução Industrial é do século XXI,
caracterizada pela aplicação de tecnologias de informação e comunicação, também
chamada Revolução 4.0. Baseia-se no avanço da robotização e da Inteligência
Artificial.
Esses mecanismos vieram impactar positivamente o setor e
potencializar as experiências dos visitantes e turistas. Se há pouco tempo as
viagens precisavam ser planejadas dentro de uma operadora ou agência de viagem,
atualmente os mais diversos destinos estão a um clique de distância.
De acordo com Paulo Rezende, diretor comercial da Amadeus Brasil, é
absolutamente seguro dizer que todas as etapas do planejamento de uma viagem
podem melhorar cada vez mais com a inclusão crescente de inteligência
artificial. A análise preditiva, que é a capacidade que os sistemas de sites e
companhias têm de prever quais são as suas preferências de viagens baseada no
conteúdo que você consome na internet, é uma delas. Pode parecer mágica ver em
seu navegador um anúncio de um pacote de viagens para Paris minutos depois de
ter procurado por hotéis na França ou curtido fotos da Torre Eiffel no
Facebook, mas não é – isto é inteligência artificial”.
Outro aspecto destacado é a capacidade de aprendizado dos
equipamentos, item fundamental no processo de IA e que tem implicação direta no
setor de viagens. “Ao observar o comportamento dos clientes nas reservas de
viagens, por exemplo, o próprio sistema vai se moldando para atender da melhor
forma os usuários. Saber que determinado usuário assiste a muitos programas
coreanos e sempre sai de férias em maio, mês das noivas, pode munir uma agência
de viagens de contexto e capacidade para oferecer a este cliente uma viagem
para Seul com descontos e regalias exclusivas para quem vai casar, por exemplo”
observa Paulo Rezende em entrevista à Luxury – Business & Magazine.
Os sistemas de inteligência artificial estão, definitivamente,
revolucionando os negócios em todas as áreas de atuação. No setor turístico, as
operadoras e prestadores de serviços melhor se prepararam para essa revolução.
Só com a modernização certamente obterão mais sucesso em longo prazo.
Nesse panorama de modernidade, risca-se um desenho de governança,
economizando tempo e a inteligência humana comportamentais de trabalho.
Na mesma direção a robótica torna-se um ramo educacional e
tecnológico que trata de sistemas compostos por partes automáticas e
controladas através de circuitos integrados, através de sistemas mecânicos
motorizados manuseados por comandos eletrônicos, atividade até então
dependentes do homem.
A tecnologia, assim, se estabelece paulatinamente em todos os meios
de produção. Isso com êxito em questão como redução de custos, aumento de
produtividade e eliminando problemas e encargos trabalhistas com empregados.
A indagação é se haverá desemprego em massa.
Acredito que se valorizará o trabalho com mais educação técnica e
profissional. Com jornadas menos exaustivas na produção de bens e serviços.
Todavia exigindo maior segurança em legislações que deverão surgir modernizando
a CLT na absorção da inteligência e mão de obra humana, que é o bem maior da
nação.
Mecanismos sociais e de mobilização deverão ser objeto prioritário
nas ações de Governo dentro das tendências do novo foco organizacional das
sociedades se adaptando ao novo sistema de vida mundial.
No aspecto da atividade turística exige-se uma adequação mais
objetiva face às estreitas relações entre os seres terrenos, pois trata-se de
um relacionamento intrinsecamente pessoal, direto entre os profissionais do
ramo e os usuários dos serviços, na indução de conhecimento do lazer proposto
na mais elementar das definições.
As Agências de Viagens, para sobreviver, terão que, ao invés de
meras vendedoras de bilhetes aéreos, atividade que a Internet lhes roubou,
partir para o campo da criatividade na operação turística.
E assim caminha a humanidade em sua constante mutação.
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