* Prof. Paulo Sergio Lopes Santos (Paulo Montanha)
O turismo, um dos setores mais importantes da economia global, entra em 2025 com uma série de desafios que exigem inovação e planejamento estratégico. Após anos de adaptação a crises globais, como a pandemia de COVID-19, e diante de um cenário econômico e ambiental cada vez mais complexo, o setor busca equilibrar o crescimento com responsabilidade social, ambiental e tecnológica. A sustentabilidade emerge como uma prioridade, especialmente em eventos de grande relevância como a COP 30, que ocorrerá em Belém, destacando a importância de integrar turismo e sustentabilidade ambiental.
Paralelamente, a tecnologia avança, modificando a forma como
turistas planejam e vivenciam suas viagens, mas também trazendo questões com
privacidade e segurança de dados. Além disso, a recuperação econômica, a
qualificação da mão de obra e a inclusão social são questões centrais para
destinos que atraem visitantes de maneira responsável. Em 2025, o turismo
enfrentará o desafio de inovar sem perder de vista os valores essenciais que
sustentam suas desvantagens, como o respeito às culturas locais, a preservação
ambiental, a inclusão social e a promoção de experiências humanas
significativas. Num cenário de rápidas mudanças tecnológicas e comportamentais,
é fundamental que o setor se equilibre a adoção de novas ferramentas e práticas
com a manutenção de sua essência, garantindo que o desenvolvimento econômico
não venha aos custos da identidade dos destinos e da sustentabilidade dos
recursos naturais. Essa integração entre inovação e valores será crucial para
atender às expectativas de um público cada vez mais consciente e exigente garantindo
um turismo ético, responsável e capaz de gerar benefícios reais para as
comunidades locais, preservar os ecossistemas e promover a equidade social.
Isso envolve não apenas a implementação de práticas sustentáveis e o respeito
às culturas, mas também o compromisso com a inclusão, a acessibilidade e a
justiça social em todas as etapas da cadeia turística. Ao equilibrar a inovação
com valores essenciais, o turismo poderá contribuir para um futuro mais justo,
onde as gerações presentes e futuras possam desfrutar dos mesmos recursos e
experiências, promovendo o bem-estar coletivo e a conscientização global sobre
a importância da preservação do meio ambiente.
Sustentabilidade - A sustentabilidade, que há tempos ocupa espaço nos debates do setor, assume um papel ainda mais central em 2025. A realização da COP 30 em Belém, no Pará, é um símbolo dessa urgência. O evento coloca a Amazônia no foco das atenções, despertando a necessidade de criar estratégias para aliar turismo e preservação ambiental. É fundamental que os operadores turísticos e governos trabalhem para desenvolver experiências que respeitem
Além disso, os turistas estão cada vez mais conscientes sobre os impactos de suas escolhas de viagem. Destinos que priorizam práticas sustentáveis, como o uso de energias renováveis, redução de plástico e apoio a negócios locais, têm maior probabilidade de atrair visitantes. Este movimento requer investimentos, mas também pode representar uma vantagem competitiva significativa.
Tecnologia - Outro grande desafio é a adaptação às constantes mudançastecnológicas. A inteligência artificial, por exemplo, está revolucionando a forma como os turistas planejam e vivenciam suas viagens. Plataformas digitais mais interativas, uso de realidade em atrações turísticas e personalização de experiências estão entre as tendências que exigem rápida adaptação por parte das empresas e profissionais do setor.
Ao mesmo tempo, uma preocupação crescente com a privacidade e
a segurança digital torna imperativo que as organizações adotem medidas
robustas para proteger os dados dos turistas e garantir a confiabilidade de
suas plataformas. Com o aumento do uso de ferramentas digitais para reservas,
pagamentos, rastreamento de itinerários e personalização de experiências, o
turismo enfrenta o desafio de equilibrar a inovação tecnológica com a proteção
da privacidade e da segurança dos usuários. Em um cenário onde a digitalização
transforma as experiências de viagem, desde a escolha do destino até a
pós-viagem, garanta que as informações pessoais dos turistas sejam protegidas
tornaram-se uma prioridade essencial para a segurança da atividade do turismo.
Além de mitigar os riscos de vazamentos de dados e
ciberataques, as organizações precisam se adaptar às legislações de proteção de
dados, como a LGPD no Brasil e o GDPR na Europa, que bloqueiam a transparência
no uso das informações dos clientes. Esse contexto demanda investimentos em
infraestrutura tecnológica, como sistemas de criptografia, soluções de
autenticação robusta e monitoramento.
Entretanto, o desafio vai além da tecnologia: é conquistar a
confiança dos consumidores, que são cada vez mais conscientes e exigentes em
relação à privacidade. Para isso, à medida que as empresas do setor devem
adotar políticas claras de tratamento de dados, priorizando a educação de suas
equipes sobre segurança cibernética e comunitária.
Em 2025, o sucesso das organizações no setor de turismo
estará diretamente ligado à sua capacidade de oferta de soluções inovadoras sem
comprometer a segurança e a privacidade dos turistas, equilibrando a
necessidade de personalização das experiências com a proteção dos dados
pessoais.
Qualificação da mão-de-obra - Os desafios da mão-de-obra no turismo para o ano de 2025 são multifacetados e desabilitam uma abordagem estratégica por parte dos governos, empresas e instituições educacionais. A recuperação do setor após a pandemia de COVID-19 já evidenciou uma escassez de opções profissionais, que é um problema preexistente e que, em 2025, pode se intensificar devido à evolução das demandas do mercado e à transformação digital. O turismo está se tornando cada vez mais tecnológico, o que exige habilidades específicas em áreas como inteligência artificial, big data, gestão de experiências digitais e marketing digital. Isso significa que os profissionais do setor precisam se adaptar a não
Portanto, a qualificação contínua, a adaptação às novas demandas tecnológicas e a criação de condições de trabalho mais atrativas serão fundamentais para resolver os desafios da mão-de-obra no turismo em 2025. As empresas e destinos turísticos precisam investir em treinamento, em parcerias com Escolas e universidades e em políticas de valorização dos profissionais, garantindo que o setor tenha os recursos humanos necessários para se manter competitivo e sustentável.
Em 2025, o turismo enfrentará desafios que desativarão uma abordagem inovadora e consciente. As novas tecnologias, a sustentabilidade e a qualificação da mão-de-obra serão questões centrais, exigindo adaptações rápidas e eficazes por parte dos profissionais e empresas do setor. Será necessário garantir a proteção de dados pessoais e promover práticas responsáveis que respeitem tanto o meio ambiente quanto as culturas locais. Além disso, é fundamental que o setor se torne mais inclusivo e acessível, atendendo às demandas de um público diversificado. Superar esses desafios permitirão que o turismo continue a ser uma força vital para a economia global de maneira ética e sustentável.
* Prof. Paulo Sergio Lopes Santos (Paulo Montanha), turismólogo, professor, pesquisador, empresário, consultor, conselheiro, presidente do Maranhão Destination, presidente do Sindetur/MA e Secretário de Turimo.
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