quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Metanol em bebidas alcoólicas acende alerta no Maranhão e preocupa setor de bares, restaurantes e eventos

Foto: divulgação internet

A recente onda de intoxicações por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, registrada em São Paulo e que resultou em mortes, acende um sinal de alerta também no Maranhão. O Sindetur-MA – Sindicato das Empresas de Turismo, Meios de Hospedagem, Gastronomia, Eventos, Lazer e Recreação do Estado do Maranhão alerta que bares, restaurantes, distribuidoras, casas de show e organizadores de eventos locais precisam redobrar os cuidados com a procedência das bebidas comercializadas, garantindo segurança para consumidores e preservando a credibilidade do setor.

Segundo a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), cerca de 36% dos destilados vendidos no Brasil são adulterados, e o mercado ilegal de álcool gera uma perda estimada em R$ 28 bilhões anuais em arrecadação tributária (Euromonitor, 2024). No Maranhão, o Sindetur-MA estima que o setor de alimentação fora do lar seja responsável por mais de 35 mil empregos diretos e movimenta cerca de R$ 3,5 bilhões por ano, sendo altamente vulnerável a crises de confiança no consumo.

Além do impacto econômico, a circulação de bebidas adulteradas pode gerar danos irreparáveis à saúde, incluindo cegueira, falência hepática e até morte, conforme alertam especialistas em toxicologia. Para o presidente do Sindetur-MA, Paulo Montanha, é urgente fortalecer mecanismos de fiscalização, conscientização e responsabilidade dos estabelecimentos.

Entre as medidas recomendadas estão: compra apenas de fornecedores formalizados, verificação rigorosa de rótulos e lacres, isolamento de lotes suspeitos, notificação imediata à Vigilância Sanitária e às autoridades competentes, e campanhas educativas para consumidores.

No Maranhão, embora até o momento não haja registro oficial de casos confirmados de intoxicação por metanol, a situação é vista com alerta máximo. O Estado possui vasta extensão territorial, rotas rodoviárias estratégicas e forte movimentação turística e de lazer, fatores que podem facilitar a entrada de bebidas adulteradas, especialmente em períodos de alta demanda como festas regionais, férias e grandes eventos.

Segundo o presidente do Sindetur-MA, Paulo Montanha, a preocupação maior é com a segurança dos consumidores e a preservação da credibilidade do mercado local:

“Não podemos esperar que ocorram tragédias no Maranhão para agir. É preciso reforçar a fiscalização, treinar os órgãos de controle e criar mecanismos que permitam aos bares, restaurantes, casas de shows e empresas de eventos oferecerem segurança total aos clientes. A imagem do nosso Estado como destino turístico e gastronômico de qualidade não pode ser arranhada por práticas criminosas”, destacou.

Sugestão ao Governo do Estado e órgãos fiscalizadores

Como medida preventiva, o Sindetur-MA sugere ao Governo do Maranhão a implantação de um programa estadual de rastreabilidade e certificação de bebidas alcoólicas, inspirado em iniciativas como o selo “Bebida Legal” já discutido em outros estados. O sistema garantiria a identificação clara da procedência dos produtos, com apoio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Vigilância Sanitária, Procon e Polícia Civil.

Além disso, o sindicato defende:

  • Operações conjuntas de fiscalização em distribuidoras e pontos de venda;
  • Campanhas de conscientização para consumidores e empresários;
  • Canal direto de denúncias sobre bebidas suspeitas;
  • Apoio técnico e jurídico aos estabelecimentos formais que atuam corretamente e acabam sendo prejudicados pela concorrência desleal do mercado ilegal.

 “O setor de bares, restaurantes, meios de hospedagem e eventos emprega milhares de trabalhadores no Maranhão e é parte fundamental da nossa cadeia turística. Proteger o consumidor é também proteger o nosso mercado e os empregos gerados pelo turismo, lazer e gastronomia”, reforçou Paulo Montanha.

 

A FORÇA DO TURISMO NO MARANHÃO!

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