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Foto: divulgação internet |
A
recente onda de intoxicações por bebidas alcoólicas adulteradas com
metanol, registrada em São Paulo e que resultou em mortes, acende um sinal
de alerta também no Maranhão. O Sindetur-MA – Sindicato das Empresas de
Turismo, Meios de Hospedagem, Gastronomia, Eventos, Lazer e Recreação do Estado
do Maranhão alerta que bares, restaurantes, distribuidoras, casas de
show e organizadores de eventos locais precisam redobrar os cuidados com a
procedência das bebidas comercializadas, garantindo segurança para consumidores
e preservando a credibilidade do setor.
Segundo
a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), cerca
de 36% dos destilados vendidos no Brasil são adulterados, e o
mercado ilegal de álcool gera uma perda estimada em R$ 28 bilhões
anuais em arrecadação tributária (Euromonitor, 2024). No Maranhão, o Sindetur-MA estima
que o setor de alimentação fora do lar seja responsável por mais de 35
mil empregos diretos e movimenta cerca de R$ 3,5 bilhões por
ano, sendo altamente vulnerável a crises de confiança no consumo.
Além
do impacto econômico, a circulação de bebidas adulteradas pode gerar danos
irreparáveis à saúde, incluindo cegueira, falência hepática e até morte,
conforme alertam especialistas em toxicologia. Para o presidente do
Sindetur-MA, Paulo Montanha, é urgente fortalecer mecanismos de
fiscalização, conscientização e responsabilidade dos estabelecimentos.
Entre
as medidas recomendadas estão: compra apenas de fornecedores
formalizados, verificação rigorosa de rótulos e lacres, isolamento de lotes
suspeitos, notificação imediata à Vigilância Sanitária e às autoridades
competentes, e campanhas educativas para consumidores.
No
Maranhão, embora até o momento não haja registro oficial de casos confirmados
de intoxicação por metanol, a situação é vista com alerta máximo. O
Estado possui vasta extensão territorial, rotas rodoviárias estratégicas e
forte movimentação turística e de lazer, fatores que podem facilitar a entrada
de bebidas adulteradas, especialmente em períodos de alta demanda como festas
regionais, férias e grandes eventos.
Segundo
o presidente do Sindetur-MA, Paulo Montanha, a preocupação maior é
com a segurança dos consumidores e a preservação da credibilidade do mercado
local:
“Não
podemos esperar que ocorram tragédias no Maranhão para agir. É preciso reforçar
a fiscalização, treinar os órgãos de controle e criar mecanismos que permitam
aos bares, restaurantes, casas de shows e empresas de eventos oferecerem
segurança total aos clientes. A imagem do nosso Estado como destino turístico e
gastronômico de qualidade não pode ser arranhada por práticas
criminosas”, destacou.
Sugestão
ao Governo do Estado e órgãos fiscalizadores
Como
medida preventiva, o Sindetur-MA sugere ao Governo do Maranhão a implantação
de um programa estadual de rastreabilidade e certificação de bebidas alcoólicas,
inspirado em iniciativas como o selo “Bebida Legal” já
discutido em outros estados. O sistema garantiria a identificação clara da
procedência dos produtos, com apoio da Secretaria da Fazenda (Sefaz),
Vigilância Sanitária, Procon e Polícia Civil.
Além
disso, o sindicato defende:
- Operações
conjuntas de fiscalização em distribuidoras e pontos de
venda;
- Campanhas de
conscientização para consumidores e empresários;
- Canal direto
de denúncias sobre bebidas suspeitas;
- Apoio técnico
e jurídico aos estabelecimentos formais que atuam
corretamente e acabam sendo prejudicados pela concorrência desleal do
mercado ilegal.
“O setor de bares, restaurantes, meios de hospedagem e eventos emprega milhares de trabalhadores no Maranhão e é parte fundamental da nossa cadeia turística. Proteger o consumidor é também proteger o nosso mercado e os empregos gerados pelo turismo, lazer e gastronomia”, reforçou Paulo Montanha.
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