ALEMA

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PRESIDENTE JK NO MARANHÃO

*Ivan Muniz Carvalho


O Maranhão é um oceano de oportunidades. Alguns portadores de clarividência vêem. Outros, com estigmatismo ou miopia, não conseguem visualizar tais oportunidades. O presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira que, há 40 anos, veio ao Maranhão paraninfar a primeira turma de economistas formada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA),. Tinha uma visão teleológica e estratégica sobre os negócios do Mundo. Veio ao Maranhão, fez um discurso esplendoroso e foi preso, juntamente com o orador da turma o emérito economista, José Mário Ribeiro da Costa. Mas afinal, o que JK faria diante da montanha de oportunidades que Deus, em sua natureza sabia, deu ao Maranhão?

Conversando com DEUS, JK, começaria pelas águas maranhenses. Nas 200 milhas maranhenses e nos rios e seus afluentes, JK buscaria tecnologia no Japão e no Estado de Santa Catarina para a maricultura, criando fazendas de criação de peixes, camarões e outros frutos do mar. Já imaginaram a quantidade dessas fazendas implantadas desde Carutapera, no limite com o Pará, até Tutóia, no limite com o Piauí? Uma coisa é certa! Os parceiros japoneses, que disputam palmo a palmo das águas as margens das minúsculas ilhas, ficariam de “olhos abertos”.
Ainda no Oceano Atlântico, JK traria de Portugal e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a tecnologia limpa para produzir energia elétrica nas ondas das águas marinhas de São Luis. Os ludovicenses, os munícipes da Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar teriam energia elétrica suprida pelas águas da Baia de São Marcos.

No ar, JK aplicaria tecnologia para produzir chuvas, trazida de Israel para bombardear nuvens, acabando com a seca dos municípios maranhenses em processo acelerado de desertificação. Também no ar, JK traria a COELCE (Companhia Eólica do Ceará) para produzir energia eólica para todos os municípios litorâneos, disponibilizando essa energia para os municípios do Pará e do Piauí que ficam em margens oceânicas. É um potencial incomensurável, uma vez que a natureza foi pródiga para os maranhenses.

Na terra, JK focaria o agribusiness. Primeiramente, faria resgate do Maranhão como o principal produtor de arroz do Brasil. Evitando o constrangedor passeio do arroz do Paraguai e do Rio Grande Sul para as panelas do povo maranhense. A soja e o babaçu, seriam industrializados aqui, ao invés de exportados como "comodities", in natura. Exportaríamos óleos e produtos oriundos da química fina, com valor adicionado. Os resíduos sólidos urbanos, ou seja, o lixo residencial e outros lixos, seriam transformados em energia elétrica a partir de tecnologias brasileiras e alemã já utilizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vendendo-se na bolsa de Chicago para as grandes empresas poluidoras do ambiente. os créditos de carbono que seriam seqüestrados nas usinas de energia. Para se ter uma idéia, o lixo produzido em São Luis, que é erroneamente enterrado, prejudicando o lençol freático da Ilha, comportariam 08(oito) usinas de energia, com 0% (zero por cento) de poluição ambiental, gerando energia barata para os quatro municípios da Ilha do Maranhão. Como já existem investidores para essa tecnologia, não necessitaria de nenhum centavo de investimento local.

A pecuária seria toda industrializada, trazendo a tecnologia de Santa Catarina. JK, aproveitaria inclusive a urina do gado bovino, cujo desperdício é de 20 milhões de litros por dia, admitindo-se um rebanho mínimo de 6 milhões de cabeças. Como é sabido, da urina bovina, os chineses retiram além da uréia e toxinas cerca de 12 outros nutrientes e nós aqui no Maranhão desperdiçamos tudo!

O pião roxo e a mamona, que aqui são nativos, juntamente com o babaçu, seriam os carro-chefe de um audacioso Programa de Biodisiel. Sabendo JK que nas décadas de 30 e 40, o Maranhão curava tuberculose com o “botão” da vinagreira, investiria grandes recursos em química fina para descobrir quais os princípios ativos da milagrosa planta. naquelas décadas, dava-se muito "cuxá” para a meninada por que ajudava a aumentar o raciocínio, a que os antigos chamavam de inteligência. Infelizmente, hoje esquecemos disso. Para fortalecer a industria madeireira, evitando que a madeira saia do Maranhão e vá para Santa Catarina em forma bruta, percorrendo mais de 6. 000 (seis mil quilômetros) e retorna como móveis acabados, a preços inacessíveis à população de baixa renda. Estimularia a implantação de uma moderna industria de móveis, plantando 1 bilhão de arvores no território estadual, resgatando, de pronto, todo o estado de seu debito ambiental para com a mãe natureza.

Para fortalecer o Porto de itaqui, JK implantaria um "hubber port", um porto flutuante entre Bequimão e Turiaçu, para receber, em alto mar, grandes navios e grandes estoques de mercadorias, montaria um Porto Seco em Acailãndia que seria o eixo do raio de ação do centro Oeste, Norte e Nordeste na confluência das Ferrovias Norte Sul com a Ferrovia do Carajás, estendendo o um trecho de Ferrovia até Paragominas e Ipixuna do Pará, encurtando o trajeto da bauxita e dos pigmentos em mais de 400 km, viabilizando de uma única ação estratégica o nosso porto. Outras áreas que seriam atacadas imediatamente por JK, seriam o turismo a cultura, aproveitando a vocação maranhense para essas áreas. Colocaria logo grandes teleféricos operacionalizando o acesso lúdico para as praias de Santo Amaro e Barreirinhas, viabilizando logo. os negócios dos Lençóis Maranhenses. Mas como o grande presidente faria isso tudo e mais alguma coisa muito simples e em 24 horas, a exemplo do que fez em Belém para construir uma grande rodovia na selva. Numa reunião na Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) mãe da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), JK chamou o seu Ministro de Viação e Obras Públicas e o Superintendente da SPVEA e perguntou sobre o que seria necessário para a construção de uma rodovia de Belém a Brasília. Os dois se entreolharam e disseram que seriam necessários fazer profundos estudos de aerofotogrametria, grandes projetos de engenharia e mil e umas coisas de burocratas. JK determinou aos dois, iniciarem na manha seguinte, as 7 horas, com uma equipe saindo de Brasília e outra indo de Belém, informando que as 8 horas ele já estaria fazendo a primeira inspeção das obras começadas por Belém. Não foi se outra razão, que as estradas passaram a uma distancia de 170 km uma da outra, sendo necessário fazer outra estrada ate o chamado "marco zero", próximo aos dois Itingas, do Maranhão e do Pará. Atendendo a um pedido dos deputados maranhenses, capitaneado por um comandante da família Acher que residia em Codó, JK criou a Amazônia Legal, ampliando a abrangência da atuação da SUDAM para um parte do Nordeste no maranhão. Daí a razão porque o maranhão participava dos benefícios da SUDAM e da SUDENE.

Ao invés de prenderem e cassarem os direitos políticos de Juscelino, os governantes da época deveriam ter-lhe colocado novamente na Presidência da Republica e com isso nós não correríamos o risco de ficar agora fora do "BRIC" - Brasil, Rússia, India e China , que serão os paises responsáveis pela retirada de nosso mundo atual da maior crise financeira do planeta . Não colocando JK no governo, os governantes perderam o rumo do pais, deixando-nos na mesma posição de Cristóvão Colombo que,ao partir,não sabia para onde ia, ao chegar, não sabia onde estava , e, ao retornar, não sabia dizer onde havia estado.

Infelizmente Juscelino, já se foi. Lula não veio em a São Luis, durante os seus seis anos de mandato. Resta-nos convidar Barak Obama, para junto com nossos gestores locais proporcionar o Desenvolvimento Sustentável que tanto nosso Maranhão precisa.

* Graduado em Economia (UFMA) e Mestre em Administração (FGV)

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