Cidinha Campos (Seprocom) e Aldo Siviero (Sindetur/RJ) |
A
secretária de Estado de Proteção de Defesa do Consumidor (Seprocon), Cidinha
Campos, é a mais nova aliada do presidente do Sindetur-RJ, Aldo Siviero, na
busca pelo ordenamento das relações entre empresas aéreas, agências de viagens
e consumidores. A parlamentar, que sempre se pautou pelo combate aos abusos nas
relações de consumo, se prepara para mover uma ação civil pública contra as
empresas aéreas que operam no Brasil. A motivação são as constantes reclamações
devido ao pagamento de altas multas para cancelamento ou remarcação de passagens
aéreas, a demora no reembolso de bilhetes e a suspensão de voos sem motivo
aparente.
“Pedimos
ao Sindetur-RJ que nos envie documentos que comprovem problemas decorrentes da
má prestação de serviços das empresas aéreas. Além de movermos a ação civil,
vamos levar os fatos ao conhecimento da secretária Nacional do Consumidor,
Juliana Pereira, que poderá nos indicar novos caminhos”, anunciou Cidinha
Campos.
O
anúncio foi feito durante reunião realizada no gabinete da secretária, que
contou também com a presença do presidente do PROCON/RJ, Rodrigo Roca. O
dirigente, inclusive, disse que vai fazer um levantamento das queixas
registradas junto ao órgão e que analisará possíveis aplicações de multas. Em
2012, só nos postos avançados dos juizados especiais dos aeroportos, foram
realizadas mais de 30 mil reclamações.
Para
Aldo Siviero, essas iniciativas são muito importantes para mostrar ao Poder
Público as fragilidades e lacunas existentes na relação entre fornecedores de
turismo, consumidores e agências de viagens – também consumidoras
intermediárias -, e para a busca de uma solução definitiva, que estabeleça
regras para esta cadeia produtiva.
“O
que temos observado é que muitas empresas aéreas impõem regras, como a
aplicação de tarifas não reembolsáveis, que não são aceitas pela legislação
brasileira. Exemplo disso é que grande parte das decisões judiciais têm exigido
indenizações a quem sofreu tal abuso. Entretanto, muitas dessas penalidades
recaem sobre os agentes de viagens, que são solidários perante a lei e comercializam
cerca de 70 % dos bilhetes aéreos. É preciso adequar as leis das companhias
aéreas às legislação brasileira. São duas realidades distintas e uma categoria
no meio.”, enfatizou Siviero.
Outro
trabalho urgente, na visão do dirigente, é mostrar ao Poder Público que as
agências de viagens são prepostos dos consumidores e que estão dispostas a
somar esforços para que fiquem claras as regras e responsabilidades de cada um
nesta cadeia produtiva.
“É
preciso que entendam que as agências de viagens, consumidoras intermediárias
dos produtos e serviços, também são reféns dos abusos praticados por
fornecedores de turismo”, finalizou o presidente do Sindetur-RJ.
Fonte: Sindetur-RJ
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