12 a
14 de agosto de 2013- Belém-PA.
Convergência para desenvolver o turismo
sustentável com identidade própria
UNIR A AMAZÔNIA PARA ABRAÇAR O BRASIL
As entidades de turismo sob
o manto da CNTur – Confederação Nacional do
Turismo, com apoio institucional do Governo do Estado do Pará, através
da Secretaria de Estado de Turismo, reuniu no período de 12 a 14 de agosto,
na cidade de Belém-PA, representações
empresariais e públicas dos nove estados
que compõe a chamada Amazônia Legal, no I Congresso de Turismo, Hospitalidade,
Gastronomia da Amazônia Legal.
O objetivo foi discutir e
dar uma identidade própria a essa área continental, especialmente no que tange
ao desenvolvimento do turismo como fator econômico, social e sustentável, e consolidar
a integração das instituições públicas e
privadas da região amazônica em favor do turismo regional.
A região Amazônia é uma
floresta urbanizada, com 69.7% de seus 20 milhões de habitantes vivendo em núcleos urbanos. É um
continente verde admirado pelo mundo,
com cerca de 7.81 milhões de km2 equivale à metade da América do Sul, estende-se por oito países: Brasil,
Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador,
Suriname, Guiana e um território Frances – Guiana Francesa. Cerca de 70% a região fica em território brasileiro,
onde ocupa cerca de 5 milhões de Km2,
aproximadamente 61% da área total do país, abrigando mais de dois terços das fronteiras terrestres brasileiras.
A estrutura e sua economia
se transformaram com a industrialização, sendo hoje a região que ocupa o
segundo lugar no país na exploração mineral e o segundo na produção de bens de
consumo duráveis. No entanto carece de uma identidade própria, em razão de uma
multiplicidade de percepções internas e externas ao território, Istoé,
diferentes formas de ver e como é visto, para se caracterizar, pelas suas
diversidades, como um polo turístico convergente, para se integrar dentro dos
destinos mundiais de interesse turístico.
O foco principal das
discussões tomou como referência as seguintes premissas:
As políticas
públicas devem contemplar:
·
Sustentabilidade social –
com a implantação de infraestrutura básica
de acessibilidade; inclusão social – com destaque do modus vivendi das comunidades indígenas e populações
tradicionais, elemento fortemente presente
no imaginário do turista internacional,
indicando o ecoturismo como um dos segmentos de
maior interesse mercadológico;
·
Sustentabilidade econômica –
Avaliação da atividade turística como alternativa estratégica de desenvolvimento
sustentável para a região amazônica, justificando-se pelo potencial de sua
oferta diferencial e pelo crescente interesse de mercados consumidores mundiais
pela Amazônia;
·
Sustentabilidade ambiental –
assegurar a imperiosa preservação do bioma Amazônia como coração ecológico do
planeta.
·
Sustentabilidade institucional, com instâncias de governança regional que promovam ações
interestaduais e internacionais.
Com base
nessas premissas, foram aprovadas as seguintes propostas e instrumento de ação:
·
Constituir e consolidar rede e instâncias governamentais e de cooperação técnica e financeira internacional e
regional, que pesquisem, planejem e atuem com diretrizes e eixos estruturantes para
o desenvolvimento da Amazônia;
·
Mobilidade regional - –
assegurar conectividade e mobilidade, permitindo à região comunicar-se
internamente com o resto do país e do exterior;
·
Malha aérea nacional e regional – reduzir taxas aéreas portuária, criando uma malha aérea
regional integrada entre os estados e os países limítrofes, com maior freqüência
de voos. Inclusive a adoção de code
share, com redução das tarifas, do ICMS sobre combustível;
·
Logística intermodal de transporte – estabelecer plano regional de logística intermodal de
transportes – aéreo, marítimo fluvial, terrestre e ferroviário;
·
Malha rodoviária regional –
priorizar a conclusão da malha rodoviária nos eixos estratégicos de
desenvolvimento regional e conexão entre as 9 capitais da região da Amazônia
Legal, bem como as ligações com os 8 países fronteiriços
·
Estimular atividades que
contribuam para a conservação dos recursos naturais, geração de emprego e renda
e oportunidades para a conservação dos recursos naturais;
·
Internacionalidade – Integrar
a Amazônia Legal à chamada Pan Amazônia, unindo a parte brasileira aos 8 países
que a compõem,para promoção externa do turismo para a região, internacionalizando
o produto;
·
Rede de pesquisa – criar
centro de pesquisas, com observatórios e laboratórios de estudo, de preferência
junto às Universidades e IFFS, para acompanhar e monitorar e avaliar o processo
de planejamento e desenvolvimento da área, criando e consolidado banco de dados
que possam contribuir para definição de políticas públicas de turismo
sustentável;
·
Qualificação e
requalificação – maior financiamento para qualificação profissional, acadêmica
e de gestão, em curso de graduação e pós-graduação.
·
Informação integrada –
criação de um sistema interorgacional das instituições, empresas, organizações
sociais e órgãos públicos que atuem no desenvolvimento do turismo regional.
·
Plano estratégico regional –
conscientização das instâncias de governança regional para a necessidade de
elaboração de plano estratégico de desenvolvimento turístico regional, com
plano de marketing correspondente;
·
Conselho Regional do Turismo
da Amazônia – Criação de um Conselho Regional para discutir e disciplinar as
políticas de turismo regional;
·
Passaporte Amazônico –
reativar o Passaporte Amazônico, com criação de uma marca de marketing nacional
e internacional forte e respectiva logomarca.
INSTRUMENTO DE AÇÃO:
Programa de
investimentos – estabelecer instrumentos
concretos que se constituam em mecanismos operacionais que possam transformar a
AMAZÔNIA TURÍSTICA POTENCIAL em AMAZÔNIA TURÍSTICA – DESTINO CONSOLIDADO,
propondo programa de investimentos, no âmbito do Ministério do Turismo, com
orçamento específico, devendo se constituir no verdadeiro PAC do Turismo Sustentável da Amazônia Legal.
Belém, 14 de agosto de 2013
Plenário do I Congresso
de Turismo, Hospitalidade, Gastronomia da Amazônia Legal.
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