sábado, 7 de janeiro de 2017

Feliz ano de turismo novo!

Jornal Pequeno - Caderno JP Turismo - Espaço do Leitor.
30/12/16 - (sexta-feira)

"O sol há de brilhar mais uma vez;
A luz há de chegar aos corações;
Do mal será queimada a semente;
E o amor será eterno novamente. ”
(Nelson Cavaquinho)
Este trecho da bela música de composição do saudoso Nelson Cavaquinho chamada Juízo Final, nos faz renovar, refletir e alimentar nossas esperanças em um mundo mais próspero e também em um turismo melhor para os próximos anos. Nossos votos são que possamos neste próximo ano de 2017, despertar a sensibilidade de nossos gestores públicos para que percebam que investimentos no turismo é uma grande estratégia de desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural para suas localidades.
Sempre percebo nos trabalhos dos estudiosos em turismo que, em nenhum lugar do mundo, o turismo se desenvolve sem a parceria dos setores público e privado. Isto significa que precisamos unir cada vez mais estas esferas para que essa ação não fique presente apenas em discursos.
Precisamos criar oportunidades para a indústria do turismo. Possibilitar condições para inovar, fazer diferente. Esta é a maneira que temos para nos destacar em um mercado global, bastante acirrado. É necessário identificar novos nichos e fortalecer os já existentes, ampliar o diálogo entre o "trade" e os governantes, receber e atender a lista de demandas prioritárias feitas pelos empresários do setor - verdadeiros conhecedores da realidade do mercado, além de realizar projetos de infraestrutura como a criação e melhorias em aeroportos, portos, terminais rodoviários e ferroviários, centros de convenções e estradas, investir na promoção, na captação de novos voos, de operadores nacionais e estrangeiros.
Estas são algumas sugestões para os atuais gestores públicos e para os que assumirão o mandato a partir do dia primeiro de janeiro de 2017. Que possuam um mínimo de compromisso com o desenvolvimento do turismo em suas localidades. O que vemos constantemente é que os gestores públicos nas esferas: municipal, estadual e federal têm deixado o turismo em segundo plano, sem identificarem o potencial turístico que os cercam, “esquecendo” que em um país onde a economia insiste em não deslanchar, o turismo é sinônimo de desenvolvimento, de novas oportunidades, de emprego e renda.
Serve de alerta para os gestores, o comentário feito pela professora e pesquisadora da USP, Profa. Mariana Aldrigui: ‘Não faz o menor sentido prático ter um plano diretor de turismo se a gestão pública não entende o turismo como estratégico. Mais ainda, se não houver orçamento para estruturação e melhorias dos serviços ligados ao turismo. Ou, quem sabe, uma proposta de revisão do orçamento, fundamentada, para incluir os projetos de turismo. ”
Que tal, se ao invés de ficarmos insistentemente colocando em pauta a crise econômica e suas consequências, pudéssemos pautar como prioridade estratégica de solução para a crise econômica, investimentos no segmento do turismo?
Creio que com certeza teríamos um melhor novo ano e um feliz ano de turismo novo.
Prof. Msc. Paulo Montanha é: mestre em turismo pela UFPA, presidente do Sindetur-MA, eleito pelo “Premio The Best” personalidade do turismo 2014 e inconformado com os rumos do turismo no Brasil.

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