segunda-feira, 8 de julho de 2019

TURISMO: a economia do futuro no mundo virtual




*Por José Osório Naves

A cibernética, em menos de 30 anos, estabeleceu uma evolução tecnológica que transformou costumes milenares, metodologias e um novo comportamento humano, dentro de uma realidade futurista consolidada no presente. Há uns 20 anos atrás quem possuía um celular era visto como alguém com razoável poder aquisitivo, pois eram equipamentos caros, além de serem novidade. Hoje em dia é quase impossível encontrar alguém que não tenha um aparelho desses. E o mais incrível é que a maioria nem utiliza sua função mais básica, realizar e receber chamadas de voz. Os celulares são verdadeiros computadores de mão, com acesso à internet e a possibilidade de instalação de programas, os chamados aplicativos, que facilitam a vida sem ter que se sair de casa, com pagamentos virtuais e até compras, no geral, de passagens aéreas a alimentação e remédios. Junto com essas facilidades, vieram também ameaças, diferentes do que e ramos acostumados a enfrentar. Elas não vinham do mundo real que estávamos acostumados, mas sim de um outro mundo, o mundo virtual, sem rosto e que não invadem por janelas ou portas, mas por um simples cabo de rede ou até mesmo pelo ar. E agora, reféns da modernidade tecnológica, lutamos para nos proteger desse mal quase invisível que espreita a cada nova conexão. Com essa evolução crescente e instantânea um perigo ronda a humanidade com a substituição pela inteligência artificial da força de trabalho humano. O homem será gradativamente substituído pela robótica e o desemprego pode ser brutal. As jornadas de trabalho serão reduzidas e, para não se deprimir, o ser humano terá que procurar uma forma de sobrevivência compatível com a revolução virtual. Caberá ao Estado prover as necessidades básicas dos cidadãos do futuro. O escape da sobrevivência humana será no lazer, na convivência mais estreita entre pessoas, nas qualidades de viagens e experiências obtidas em conhecimento de novas culturas e sistemas de vida. Isso tem um nome: turismo. Se hoje o turismo bem organizado tem salvo pontualmente nações em decadência, no futuro próximo será o principal fator econômico e social do planeta, ofertando bem-estar aos povos. O agente de viagens, hoje uma vítima da concorrência da Internet, terá novas oportunidades de se modernizar tecnologicamente na elaboração de programas e serviços pessoais compatíveis às vontades de seus clientes. Assim, de forma globalizada e não pontual, é hora dos Governos investirem no turismo como a economia do futuro, garantindo aos seus cidadãos uma forma de vida saudável em convívio comunitário fora do alcance das máquinas.

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