Por MARTA POGGI IN ARTIGOS, TECNOLOGIA
Todos sabemos que a indústria de viagens foi fortemente impactada pela
Covid-19. Vivemos o cenário VUCA (Vulnerável, Incerto, Complexo e Ambíguo), que
acelerou a transformação digital que já vinha em curso, em diversos setores da
economia.
Em questão de dias, tivemos que nos adaptar à educação online, ao
trabalho remoto, à comunicação e convívio restritos às ferramentas digitais… O
mundo todo acelerou e não nos restou outra alternativa que responder à crise
com agilidade e criatividade.
O viajante 4.0, que já utilizava o mundo digital em todas as etapas da
jornada de compra antes da pandemia, está ainda mais conectado, digitalizado e
exigente. Ele também está mais inseguro, tende a evitar aglomerações, apoia
marcas que têm política de responsabilidade e valoriza os pequenos negócios.
Portanto, por um lado temos um cliente mais empoderado e ainda mais
exigente, e por outro maior competitividade entre destinos e empresas
turísticas. Neste contexto, a Inovação é a melhor (ou a única) saída para
superar as dificuldades desse momento.
As novas tecnologias assumem, portanto, papel ainda mais relevante nesse
“novo turismo”, quase que são decisivas para o sucesso dos negócios turísticos.
Existem inúmeras razões para apostar nas novas tecnologias como fator
diferencial na indústria de viagens. A seguir, elenco cinco motivos para
investir em tecnologia nas empresas de turismo.
1. Proporcionar viagens mais seguras: o viajante pós covid exige maior segurança ao
longo da viagem. A tecnologia pode ajudar em várias situações, desde as mais
simples, como no controle de capacidade de carga de atrações, lojas, etc., a
robôs que entregam serviço de quarto, minimizando contato físico e passaporte
sanitário digital, baseado na tecnologia blockchain.
2. Melhorar as decisões: o uso de dados é extremamente estratégico para
empresas e destinos turísticos, tanto na tomada de decisão, como na gestão dos
processos. Decisões embasadas nos dados são mais objetivas e mais propensas ao
sucesso.
Neste momento, pode-se utilizar os dados para identificar os diferentes
pontos de virada de acordo com o mercado de origem e tipo de viajante;
personalizar a comunicação; criar sistema de inteligência turística para
gerenciar a crise e prever futuro; etc.
3. Melhorar a experiência do usuário (User Experience
– UX): o viajante navega pelo
mundo digital confortavelmente e não tem paciência com plataformas e sites que
não são amigáveis ou lentos. Da mesma forma, não quer esperar horas para ser
atendido ou receber resposta da sua solicitação.
É importante que as empresas apostem na experiência do usuário,
proporcionando mais conforto e agilidade para os seus clientes. Neste pacote,
estamos falando de sites inteligentes, vendas online, uso de chatbot para
atendimento, uso de voz para buscas no Google, dentre outros.
O sucesso da marca está cada vez mais relacionado com a experiência
digital que a empresa oferece ao cliente!
4. Aprimorar os serviços: diversas tecnologias vêm sendo utilizada na
indústria de viagens para melhorar a experiência do viajante, tais como ônibus
turístico autoguiado, Realidade Virtual, Realidade Aumentada, etc.
Agora, os clientes vão exigir mais comodidades e segurança durante sua
viagem. Estamos falando de chaves eletrônicas de apartamentos e controle
energético que funcionam pelo celular, check in e check out automático nos
hotéis, uso dos dados pessoais para customização dos serviços, etc. Todas as
tecnologias que reduzem a fricção e melhoram a experiência ao longo da viagem
são super bem vindas!
5. Melhorar a comunicação: o marketing digital nunca foi tão importante.
Estamos todos atentos às ações das nossas marcas favoritas no mundo digital.
Portanto, manter a sua audiência informada durante a pandemia é fundamental
para gerar vendas no momento da recuperação do turismo.
É fundamental apostar na comunicação assertiva, usando promoções, vídeos
e campanhas que passem segurança ao viajante, mostrando que o destino e as
empresas estão adaptados, renovados e prontos para receberem os turistas.
A transformação digital no turismo não tem volta. Sai vitorioso aquele
que conseguir entender o cenário e enxergar as novas oportunidades. A máxima de
Darwin “Não é o mais forte que sobrevive, nem
o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às
mudanças”, nunca foi tão apropriada. Bem vindo ao “novo turismo”!
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