ALEMA

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domingo, 5 de maio de 2013

Brasil e a realidade do turismo

Alguns afirmam que entre as dificuldades que existem no Brasil, e que atrapalham a vinda de estrangeiros, está o alto custo no país. A verdade é que o Brasil preferiu, desde o início de suas grandes campanhas, há 50 anos atrás, divulgar o turismo sexual, de baixa qualidade, transformando principalmente o Nordeste em destino prioritário, mas esquecendo que por lá os turistas não gastam mais que US 50 por dia.
Nunca se preocuparam com o Brasil da arte, da cultura, da agricultura, o Brasil ecológico, o turismo de esportes radicais e das grandes aventuras.
A Espanha, Paris e Nova York, que sempre tiveram custo de vida elevado, nunca receberiam o número de turistas que recebem se as campanhas publicitárias brasileiras abordassem o verdadeiro Brasil.
Hoje gastam-se fortunas para tentar atrair turistas à Copa do Mundo e às Olimpíadas, como se isso fosse fixar a vontade do turista em vir mais do que uma vez ao país ou de vir sempre. Fizeram investimentos altíssimos em estádios, mas temos certeza de que alguns não receberão mais jogos da Copa 2014.
A verdade é que continuam chegando turistas de baixa qualidade. O volume de estrangeiros que entra no Brasil não gasta aqui o que os brasileiros gastam no exterior. E os últimos números demonstram isso. A diferença entre os gastos de turistas brasileiros no exterior e de estrangeiros aqui triplicou em cinco anos. Em 2012, as despesas de brasileiros lá fora eram US$ 15,6 bilhões maiores que as receitas obtidas no Brasil com visitantes de outros países. E isso tudo se deve aos turistas de baixa qualidade que por aqui aportam.

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